Vamos ver novas vítimas de mal entendidos. Esta estória foi tirada do baú.
No início da era dekassegui, no interior de Gunma-ken, tinha acabado de chegar um grupo de brasileiros para trabalhar numa pequena fábrica.
A empreiteira ficava em Tóquio e o Tantousha só aparecia na região 2 vezes por mês.
Uma, para trazer o pagamento e a outra, para levar os cartões de ponto.
Assim, o pessoal ficava desamparado porque nenhum deles entendia nihongo e a fábrica, obviamente, era toda formada por japoneses.
O Chefe de Setor (班長= Hanchou) para se comunicar e dar ordens aos brasileiros, falava e fazia mímicas.
Geralmente, no final do expediente ele dizia para fazer limpeza (掃除=souji) e pedia para varrer (掃いて=haite).
Já era praxe e a comunicação estava indo muito bem. Ele falava "souji" ,"haite" e outras palavras, o pessoal já sabia o que fazer.
Um dia foi diferente.Chamaram o Yano (o que mais sabia ninhongo) para ir ao escritório com o Hanchou para conversar com o Chefe de fábrica (工場長 =Koujouchou).
Obviamente para se entrar no escritório tinha que tirar os sapatos.Quando terminou a reunião,na saída, o Hanchou falou para o Yano : " kutsu o haite".
Ele olhou para direita e para esquerda, pegou a vassoura que estava no canto e começou a varrer o sapato (靴=kutsu) do Hanchou!
Na certa ele estava acostumado com a palavra " 掃いて=haite" para varrer, mas não "履いて=haite" de calçar sapatos. E foi uma sorte, porque "吐いて=haite" também é cuspir. Imaginou o que poderia ter acontecido?
Hoje não tem dica sobre nihongo e links , mas vou deixar uma frase:
"Ao cometer um mico, dê graças a Deus porque poderia ter sido pior! "
O Yano teve sorte! Diz ele que na hora achou estranho, mas "ordem é ordem!" E dá risada...
Uma boa semana pessoal !
Um abraço do Jonponês.
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