Banheiro por favor

Já faziam 5 dias que estava trabalhando e estava resistindo, mas naquela sexta no meio da noite não teve jeito, o corpo do Sanches começou a sentir dores terríveis nas costas. Tinha acabado de vir, sendo bancário no Brasil e não estava acostumado com as durezas do trabalho no Japão.
Era esforçado, honesto, boa gente como a mãe e  não tinha puxado traço oriental dela, apenas do lado do pai de descendência espanhola. Dando uma mão na  tradução, Luiz colega de trabalho disse que neste estado o chefe Hirano-San achou melhor que ele parasse por hoje e fosse descansar. Assim ele fez, como a fábrica ficava uns 6 km de onde morava, em vez de ficar esperando o transporte da empreiteira pela manhã, começou a caminhar na madrugada. E certas coisas dramáticas e cômicas acontecem por ele não falar nada de nihongo e não conhecer as coisas no Japão. Depois de uns 3kms andados ficou com vontade de ir no banheiro. Viu umas luzes na conveniência 24 horas e foi para lá. Ao chegar ficou rondando pelo lado de fora da loja para ver se achava o banheiro, pensou que a casinha ao lado com máquina de vender refri e arroz fosse, mas não era. Desesperado ficou procurando ao redor da loja, andava de lá e para cá , ai começou dar um pânico nele! Pensava cadê? cadê? o banheiro! Mas o pior ainda estava para acontecer antes de molhar as calças. De repente aparecem 2 viaturas cercando o Sanches na frente da Conveniência. O atendente da loja tinha chamado a Polícia pois achava estranho um cara lá fora rodando o estabelecimento. Ao final da história a tragédia virou cômica, pois a polícia ao telefonar para o responsável da empreiteira, este traduziu explicando que o rapaz só queria ir ao banheiro. Os policiais depois disso ficaram bonzinhos e até deram carona para Sanches.(Será porque ele ficou encharcado?) E perguntando para ele depois de tudo, disse que nunca imaginou que o banheiro da loja ficava lá dentro!

Frase da semana :
Se voce não sabe nada de nihongo, leve pelo menos um número de telefone de alguém que saiba.
E agora com licença que sou eu que tenho que ir no banheiro.

Um  abraço do Jonponês